O setor de transporte de cargas é responsável por cerca de 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo o dióxido de carbono (CO₂) o principal vilão, com crescimento expressivo nas últimas duas décadas. Enquanto o mundo ainda busca soluções e regulações mais rígidas, no Brasil, diversas empresas já estão se mobilizando de forma voluntária para reduzir o impacto ambiental de suas operações.
Operadores logísticos, transportadoras e indústrias vêm desenvolvendo iniciativas sustentáveis mesmo sem obrigação legal. Um exemplo disso, é o Programa Frete Neutro desenvolvido pela Ativa Logística, uma das maiores operadoras logísticas para os segmentos de saúde, beleza e bem-estar, que desenvolve a neutralização das operações de transporte (transferências, coletas e distribuições) de seus clientes.
De acordo com Lacordaire Sant’Ana, diretor de Tecnologia, Projetos e ESG da companhia, o programa surgiu para atender à demanda crescente dos clientes por práticas logísticas mais sustentáveis. ” O Programa Frete Neutro viabiliza a compensação das emissões geradas nas operações por meio da aquisição de créditos de carbono. Esses créditos são certificados que representam a remoção ou redução de uma tonelada de CO₂ da atmosfera, e são obtidos em plataformas reconhecidas, atrelados a projetos ambientais devidamente certificados e alinhados às diretrizes da ONU”, explica o executivo.
Sant’Ana explica que a Ativa Logística é a primeira operadora logística do País a incentivar indústrias, distribuidores e varejistas em relação à neutralização das suas operações de transporte.
Como funciona?
A Ativa Logística realiza um mapeamento minucioso das operações logísticas de seus clientes, levando em conta as particularidades de cada processo. Como parte dessa análise, é elaborado o Inventário de Gases de Efeito Estufa (IGEE), que quantifica as emissões em todas as etapas da cadeia logística.



