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Transportadoras: investimentos seguem em falta

A queda dos custos logísticos das empresas brasileiras, basicamente por efeito da redução da taxa de juros e de preços mais razoáveis dos combustíveis, alimenta a expectativa de bons negócios das transportadoras de cargas em 2024, mas ainda não supera os níveis de incertezas. No ano passado, os custos logísticos, entre os quais estão os gastos com

o transporte de cargas por meio de caminhões nas rodovias brasileiras, caíram para 15,3% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil (por volta de R$ 10 trilhões), depois de atingirem o recorde histórico de 16,1% do PIB em 2022. “Foi uma melhora significativa sem dúvida, mas ainda insuficiente para mudar o cenário atual, devido aos baixos investimentos, públicos e privados, programados para o setor de transporte no país”, diz Mauricio Lima, sócio-diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos).

“Os maiores desafios são realmente da infraestrutura, que praticamente está esgotada”, concorda Eduardo Ghelere, diretor-executivo da Ghelere Transportes, empresa com matriz em Cascavel (PR), que atua nas regiões Sul e Sudeste, com uma frota de 200 veículos. “Os investimentos nas rodovias do país continuam baixos, e as péssimas condições das estradas, além de oferecerem riscos aos motoristas e às cargas, impactam também no aumento dos custos logísticos dentro das transportadoras.”

Com um quadro de 500 colaboradores e receita em torno de R$ 240 milhões, a Ghelere segue um plano de investimentos para expansão nos próximos três anos, buscando atingir uma situação de equilíbrio num cenário econômico ainda difícil. “A expansão de uma empresa de transporte com frota própria exige capital intensivo, alocação de recursos no ponto certo”, afirma o executivo.

Para Ludymila Mahnic, diretora de operações da Mahnic Transportes, empresa sediada em Aparecida de Goiânia (GO), a queda da taxa de juros foi pouco expressiva para mudar o cenário atual, que tem sido de queda nos investimentos. Mas, ainda assim, a transportadora mantém planos de expansão. A Mahnic está ampliando suas operações com investimentos em uma nova área de manutenção e em um novo armazém nas cidades de Hidrolândia (GO) e Pirassununga (SP) e incorporando 55 novos caminhões à frota atual de 370 veículos. “O aumento das áreas de armazenamento e a melhoria da frota são importantes, porque com cargas ordenadas e com veículos novos diminuímos nossos custos e conquistamos novos clientes”, diz.

Em alguns segmentos, mesmo com os percalços da economia ainda não devidamente superados, como taxa de juros em patamar alto, preços de combustíveis e fretes acima do desejado, as projeções de algumas transportadoras são de negócios em pleno crescimento. É o caso da Ativa Logística, que armazena e transporta medicamentos e cosméticos para mais de 3,1 mil municípios do país. Em 2023, a movimentação de cargas atingiu a marca de 279 mil toneladas, representando 50 milhões de volumes entregues por uma frota de 1,2 mil veículos. O faturamento chegou a R$ 600 milhões, crescimento de 25% em relação a 2022.

“Nos últimos quatro anos, investimos uma média de 14% do faturamento para criar e ampliar nossas unidades operacionais em novos armazéns, na automação de processos de distribuição e em novas tecnologias para frotas e comunicação com os clientes”, diz Clovis A. Gil, presidente da Ativa, assinalando que a companhia está perto de chegar a uma receita de R$ 1 bilhão nos próximos anos.

As expectativas do setor automotivo e do crescimento da economia do país estimulam planos mais ousados dos transportadores que atuam nesse segmento. No fim de 2023, o grupo SADA, um dos maiores conglomerados de logística automotiva do país, avançou na expansão do pólo logístico de Goiana, a 64 km do Recife (PE), onde se localiza o complexo fabril da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), com uma previsão de

investimento em torno de R$ 110 milhões. Objetivo: aumentar a capacidade de carregamento do complexo em 65%, passando de 240 mil para 396 mil veículos por ano. Na região de Camaçari (BA), o grupo iniciou a reforma de suas estruturas de distribuição com a implantação de um novo galpão de armazenamento para atender a retomada da fabricação de automóveis no município. As obras devem ser concluídas até o fim deste ano, diz Alessandro Lacerda, vice-presidente de transporte e logística.

Os projetos em curso estão em linha com as projeções de expansão que os fabricantes de automóveis fazem para este ano, diz Lacerda. Segundo ele, dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam uma tendência de crescimento de vendas de veículos entre 6% e 7% no Brasil e na América do Sul. “É um cenário positivo, embora num volume abaixo do que tínhamos na pré-pandemia, mas estamos nos preparando para atender essas projeções de crescimento”, afirma.

O grupo Mirassol, empresa especializada em logística integrada, baseia sua estratégia de crescimento no investimento de novas tecnologias e soluções segmentadas, especializadas em áreas como papel e celulose, farmacêutico e hospitalar, alimentos e bebidas, automobilísticos, higiene e limpeza, cosméticos, mineração e siderurgia, que são negócios potencialmente em expansão no Brasil, diz Celso Rodrigues Salgueiro Filho, CEO e sócio da companhia.

“Nossa principal estratégia é desembolsar recursos em especialização, tecnologia, inteligência artificial e base de dados inteligentes que possam garantir melhorias contínuas às nossas atividades”, diz ele. “Nossa aposta é ter muita tecnologia embarcada para trabalhar com o mínimo de recursos possível e obter o máximo de eficiência”, destaca. O grupo é formado por seis empresas, fez sua primeira aquisição em 2023, incorporando a M3 Logística, especializada no setor químico. “Estamos estudando a possibilidade de novas aquisições, para gerar sinergia e ganho de escala e depois permitir reduções de custos aos clientes”, diz Salgueiro Filho.

A qualidade dos transportadores é um dos maiores desafios para grandes indústrias e fabricantes que investem em frotas próprias para o transporte de seus produtos ou contam com um grande número de operadores como parceiros. Na Solar Coca-Cola, por exemplo, segundo maior fabricante do sistema Coca-Cola no Brasil, a preocupação é equilibrar os custos logísticos de entrega dos produtos, mesmo em regiões mais remotas do país. A Solar atua em 70% do território brasileiro (regiões Norte, Nordeste, Estado do Mato Grosso e parte de Goiás e Tocantins). Distribui mais de 350 produtos do portfólio da Coca-Cola para mais de 400 mil pontos de venda, sendo 65% no Nordeste.

Segundo Orlando Fiorenzano, diretor de supply chain da Solar, a região Norte, que é atendida diariamente por mais de dois mil caminhões, enfrenta desafios adicionais para receber os produtos devido à sua geografia desafiadora e a uma infraestrutura menos desenvolvida. “Nosso custo de levar matéria-prima e transferir produto acabado pode chegar a ser 40% maior do que em outras regiões”, conta. “Estamos evoluindo para uma plataforma de distribuição multicategoria, especialmente no Norte e Nordeste, aumentando a capilaridade, investindo em novas rotas e infraestrutura, para aumentar a oferta e a qualidade dos produtos”, ressalta.

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